sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Loira do Bonfim





Meus dias de penúrias acabaram. Depois de passar por períodos de vacas magras, agora arrumo um trabalho de taxista noturno. Estava muito tranquilo o meu primeiro dia de trabalho e a noite estava muito sossegada. Fiz duas corridas, atendi uma cliente pelo telefone, mas ela havia cancelado o trabalho. Um amigo disse que local bom pra arrumar corrida é na zona boêmia, então bora pra lá, estarei lucrando sobre o dinheiro dos bêbados, prostitutas e degenerados da boca do lixo de Belo Horizonte.


 Paro o taxi, encosto a cabeça na poltrona do carro, dou uma suspirada longa e sinto meu corpo estalar os ossos. Escuto algumas batidas no vidro do carro. Uma mulher loira de vestido branco com ar Vintage, parecia que estava saindo de uma festa ou baile. Ele pergunta se está vago para uma corrida. "Claro, sim senhora. Vamos, entre." dizia eu abrindo a porta. Ela entra e se senta no banco de trás. "Para onde vamos?", dizia para ela. Ela estava aérea, olhando para o nada, balançou a cabeça como se acordasse de um devaneio. "Leve-me para o Bonfim"

 Bonfim era um bairro nas redondezas do centro de Belo Horizonte, com uma aparência largada, já consumida pela mancha urbana, com uma atmosfera meio cinza poluída.

 Durante a viagem, tento conversar com ela, mas ela se mostra monossilábica, com respostas de sim, não, aham, etc. Olho para o retrovisor e vejo ela muito vagante com os olhos, mas não pude deixar de perceber a alça de seu vestido caindo. A alça deslizava de pouco a pouco de acordo com a movimentação do carro. A alça marota deslizava por completo já mostrando a auréola do seio e logo depois o róseo do mamilo. Os Bicos dos seios estavam ficando intumescidos e pontiagudos. Subo meus olhos em direção ao pescoço dela, continuo subindo e olho sua boca linda e bem desenhada, com uma palidez na borda dos lábios, vejo sua boca entreabrir e sua língua molhar o lábio. Continuo subindo os olhos e tomo um puta susto. Ela esta olhando pra mim, olhando pros meus olhos no espelho do retrovisor.

 "Você gosta de olhar?" disse ela abaixando mais a alça do vestido, "Não precisa ficar desconcertado, eu adoro que me observem." ela continuou falando enquanto abaixava a outra alça mostrando o outro seio. "Pra falar a verdade, eu até sinto muito tesão, só de ver as pessoas me observando." Ela, agora tirou todo o vestido, se ajeitou na poltrona de trás do carro, lambeu o próprio bico dos seios e abriu as pernas. Eu olhei suas pernas abertas e sua linda florzinha arreganhada, úmida e toda sorridente, quase que convidando um visitante, assim como eu, que adentre invadindo suas reentrâncias.

 Ela estava se masturbando, brincando com seu pendão já duro e eriçado. Ela dá um leve tapinha em seu grelo e diz: "você quer brincar um pouco comigo? Não aguento segurar este fogo que sai daqui de dentro. Ela se levanta e estica o braço por trás de mim, leva a mão no meu cinto, abre meu zíper, e começa a me excitar o membro já latejante. "Nossa, que duro! Quero agora. É aqui que eu quero ficar. pode parar o carro, aproveita e dá um pulo aqui pro banco de trás e vem me cavacar.

Passei para o banco de trás e logo ela foi me beijando de forma muito ousada. Sua boca tinha um frescor diferente, uma ar gélido de bala de eucaliptos, suas mãos eram lisas ao extremo, quase
uma pluma ou cetim. Seu hálito tinha um gosto de flores, sua língua uma maciez indescritível e sapeca. Ela montou por cima de mim e logo foi se encaixando em mim. Uma penetração suave, quase sem fricção, era como se ela estivesse úmida ao extremo. Ela segurou no meu peitoral enquanto cavalgava lentamente, suas unhas arranhavam meu peito causando uma dor muito prazerosa. Ela levou boca na minha orelha, lambeu meu lóbulo da orelha, sua língua deslizava no longo da minha orelha, iniciava uma leve entrada no pavilhão do meu ouvido. Ela geme, sussurra e solta uma leve gemida misturada com prazer. "Vou gozar." dizia ela. Comecei a sentir suas contrações pélvicas, os músculos internos mordiscavam meu membro viril.

Ela se retorceu e Gozou. Suas gemidas eram em volume alto, estava desvairada e possuída por uma onda de prazer sem, igual. Ela se refez depois do gozo, ainda montada em mim, pegou minha gravata e vendou meus olhos. "Relaxa e aproveite o trato que eu vou te dar", disse ela com uma voz de safada inigualável. Começou a lamber meu peito, eu senti sua língua deslizando em meu peito, passando pela minha barriga e chegando ao meu ápice. Sua boca estava deslizando em minha glande, logo ela abocanhou todo meu ser. E continuava sem parar.

Não aguentei, tirei a venda dos olhos. e vi ela quase engasgada com meu ser em sua boca. "Não estraga a brincadeira, vou te surpreender, fazer este momento ser inesquecível pra você". Disse ela, largando meu membro, e recolocando a venda nos meus olhos, "Feche os olhos e sinta este prazer que lhe darei, será algo do outro mundo."

 Ela voltou a abocanhar meu talo. Eu sentia cada movimento de forma inigualável e com todas as sensações possíveis. Suas mãos faziam um trabalho conjunto, sua boca fazia a maestria deletéria. Algo estava acontecendo, uma sensação se aproximava, eu estava ao ponto de gozar e eu gozaria horrores.

Minha pélvis tomava vida própria. Estava com o clímax chegando, meus sentidos estavam saltando. Chegou o momento, fui tomado por uma ânsia grande de gritar, meu gozo chegou, minha palpitação avançava por dentre meu púbis, meu sumo escorria da fruta. Foram quanto carga de prazer e eu não havia sentido sua boca largar minha virilidade. Enquanto eu cravava meu pulso em espasmo, sentia minhas costas ficando geladas num frio marmóreo.

Eu sentia um frio de suavidade e uma brisa soprava meus cabelos. Sua boca ainda não parava, sua boca era um tufão, ela era uma criança faminta. Sentia seus dentes de leve encostando em mim, sua boca degustava os últimos pingos de êxtase. Coloquei as mãos na minha nuca a fim de relaxar para sentir tudo ao máximo. Sinto algo gelado abaixo da minha cabeça algo gelado igual à uma pedra de Granito ou mármore. Fico assustado e digo: "mas que merda é esta?" Retiro a venda dos olhos e tomo um susto sem igual. A loira deliciosa havia se transformado em uma figura fantasmagórica, um misto de caveira e vulto, uma espécie de fantasma imaterial. Ela mostrou a língua monstruosa, sua boca ainda havia um pouco do meu sumo. "ah, meu Deus! O que que é isto?!!" Dou um ressalto pra trás e sinto algo gélido em minhas mãos, era um tumulo de mármore.

 A criatura se movia para trás, meio que se misturando com a escuridão. Ela fazia gestos obscenos para mim e se esvanecia no ambiente, por final lambeu os dedos e sumiu na escuridão miserável da noite falando: "O doce gosto do Prazer, eu sou uma pecaminosa mesmo, me verto em luxuria"
Levantei aos tropeços, levantei minhas calças que estavam nos tornozelos, olhei para os lados afim de correr. Ensaiei uma corrida, mas escorreguei em uma coroa de flores e deparei-me com uma lapide escrita: Dolores C. de Jesus, Nascida em 19 de maio de 1902, Falecida em 22 de Novembro de 1927, aqui descansa em mocidade amável filha. Corri por um caminho pedregoso no chão, até me deparar com um portão grande, pulo por cima do portão caindo no calçamento da rua, vejo meu taxi logo a frente. Corro desesperadamente para dentro do carro e dou a partida. Olho para o portão de onde sai e vejo o letreiro Cemitério do Bonfim.



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