domingo, 23 de dezembro de 2012

Madá





Eu havia tomado um gole de vinho, Magdalena estava semi nua deitada no tapete. A vela criava um feixe de luz pardo, pacóvio e sem força. Eu estava sentado junto ao chão, olhando as curvas de mulher, as reentrâncias femininas e as marcas do amor feito. Magdalena era um amor de mulher, fiel, sensual, inteligente, dedicada, muito capaz como companheira e mais ainda como uma amante. Seus talentos em me fazer feliz eram divinos, algo que transcendia todo o conhecimento de sentimentos.


Eu havia caminhado por toda a cidade, conversado com dezenas de comerciantes, dezenas de pessoas, de peixeiros à criadores de cabras, todos, sem sombra de dúvidas repletos de problemas necessitando de solução. Este era o meu trabalho, resolver os problemas das pessoas, mas somente Magdalena resolvia o meu problema.

A penumbra desenhava seus volumes, sua silhueta era magnífica, tanto na escuridão quanto na luz, Magdalena era uma mulher de atrativos impares.

Bebo mais um gole do vinho e chamo ela de um modo carinhoso: "Madá", este era o nome dela dentro do nosso leito. Magdalena vira o rosto em minha direção, seus cabelos fazem uma magia sem precedentes, seus olhos roubam todo o brilho da boba vela que ilumina. Sua boca bem desenhada, vermelha quase roxa, com dentes brancos e de formas retas eram um convite ao beijo e às lascívias do amor. Magdalena diz:

- Sabe, eu fico pensando, a gente poderia repetir o que fizemos agora há pouco.
- Não, eu preciso me recompor, sou só um homem, eu também preciso de descanso.
- Não, você não precisa de descanso, e nos dois sabemos que eu sei como fazer você se animar novamente.
 - Não me provoque, eu sei dos seus talentos.

Ela se levantou, engatinhou até mim e me beijou a boca com paixão. Segurei nos entornos de seu pescoço, misturando meus dedos em seus cabelos negros e bonitos. Beijei seu pescoço, mordi levemente sua orelha e senti sua pele demonstrar arrepios. Continuei beijando seu pescoço e segurando seu seio direito enquanto deslizava. mão em suas costas lisas e largas. Eu já sentia o cheiro de sua excitação e o tremor de prazer em suas pernas. Envolvi suas nádegas com forca e a puxei para cima de mim.  O peso do corpo dela era como se fosse um lençol d seda ou cetim, seus seios se dirigiram até minha boca, onde abocanhei com forca e degustei como uma criança faminta.


- Sua Barba me faz cócegas entre meus seios, mas eu gosto. Disse ela sorrindo.

 Afundo cada vez mais meu rosto em seus seios. Respiro fundo na cova, no vale, na abertura entre os seios, como se fosse sorver todo o aroma doce de mulher que ela tem. Seu aroma de roseira adocicada do orvalho de Março, aroma que eu guardaria na memória ate o último dos meus segundos de vida. Seus seios novos, cor escura, a cor de um caramelo, um doce de sabores que fariam qualquer homem abdicar de um ideal. Minha língua brinca com seu mamilo, uma gota de saliva, marota e sorrateira se assenta sobre as curvas do mamilo. Minha boca arqueia mais abaixo. Brinco com seu umbigo e saboreio os pelos que seguem em sentido contrário logo abaixo do umbigo. Fico ali por alguns valorosos minutos. Faço poesia com cada curva, cada desenho, cada pormenor de seu corpo. Cada som que ela exala é uma canção, um poema, uma obra de notas angelicais.


Ela monta sobre meu corpo, fazendo o encaixe perfeito. Seu sexo possuía um calor que me era muito prazeroso, um prazer consumia meu exterior, contorcia sobre meu interior, era o momento de oração a dois. Sentia cada anel de contração de seu prazer, cada pressão que seus músculos faziam. Ela ficou ali por uns instantes, nossa sincronia era perfeita. Eu amava esta mulher.

Nosso amor durou um tempo fora da medida normal do tempo. Ela acelerou seus movimentos, começou a mover em fulgor, minhas sensações aumentavam em grandiosidade absurda. Ela arranhou meu peito no seu momento de clímax, abaixou o pescoço ao meus ouvidos e sussurrou um caloroso e quente "Eu te amo'' enquanto atingia o clímax. Neste momento eu já me contraia os músculos e chegava ao meu gozo. Nos abraçamos e nos beijamos neste momento. Era uma situação mágica, era como se todo o chão que existisse no mundo negasse a existência, era como se todo o ar que existe debaixo do sol se recusasse a ser etéreo, era como se todo o líquido do meu corpo se misturasse ao dela e juntos formássemos um novo ser.


 Ela deitou sobre meu peito após o clímax e ficou brincando com os fios da minha barba. Eu abracei e a envolvi com toda a ternura.

- Eu estou grávida.
- Gravida?! Como Assim?
- Há mais de um mês que estou em atraso com as minhas regras.
- Isto é lindo. Teremos os mais belos filhos de todos os tempos. Se Mulher, chamaremos de Sara.
- E seus amigos, eles não vão gostar. Eles já me detestam. Principalmente o Pedro, ele me olha como se quisesse me estrangular e acho que o faria se tivesse a oportunidade.
- Realmente este é um problema. Não só Pedro, mas Felipe nos observa com estranheza.
- Já sei, vamos fugir, vamos fugir no domingo de páscoa ou na sexta, antes do sábado. Vamos para o oeste.
- Vamos, mas primeiro farei uma ceia com eles. Vamos Celebrar esta semana que antecede a páscoa, na sexta sairemos, espero que quando der a nona hora, nós estaremos bom longe.

Abracei-a fortemente, com total carinho, como se nunca mais fosse a ter novamente nos braços.
-Saiba que eu te Amo,  Madá.
-Eu também, meu senhor, meu amor.





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