segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nirvana






Estávamos andando pela rua, chegamos ao parque e olhamos para o céu, um estranho objeto se aproximava. É tanta coisa que se falam sobre 2012, que nos abraçamos temendo o fim. Seriam estranhos seres a invadir nosso espaço? Quem sabe para acabar com a vida e tudo que aqui existe.

O céu está azul, e a luz se aproximou, eis que vimos surgir uma linda cama, um dossel...seu lençol é vermelho alaranjado com guirlandas da mesma cor, em tons um pouco mais claro, e suas cortinas de um cetim azul bem fino, são carregadas por milhares de vagalumes.

Ela veio se aproximando de nós...até que chegou a uma altura que podíamos vê-la como um palco, as ruas estavam vazias, então não temos testemunhas para comprovar.


domingo, 1 de abril de 2012

Alimento de Narciso é Eco




Eco era uma ninfeta um tanto o quanto periguete, a safada andava atrás de Diana, a deusa da caça, provavelmente de interesseira que era e queria aproveitar o status da sua amiga, provavelmente caçar mais machos, pra lhes oferecer prazeres em troca de boa vida. Só mais uma que podia ser vadia, mas burra não era.

O que é periguete no caso então? Depende, pode ser uma mulher que fale demais, pois talvez não seja para ela falar tanto, e a piranha falava, muito, muito mesmo.. talvez ela seja mentirosa ou quem sabe até amiga demais, de suas outras amigas ninfas...ou será que ela protegia suas amigas pra não perder previlégios dos Deuses? O fato é que ela tinha artimanhas dos homens, e isso é um grande crime. É dicotômico dizer o que os homens não querem ouvir...


Masmorra


Me coloquei em uma masmorra, única moradora de cela.

Algemas me prendem pelos braços, mas consigo ficar de pé, sentar e sonhar.

Sou alimentada diariamente a pão e água, mas nada alimenta meus pecados, e o máximo que eles conseguem suportar a fome, é exatamente 3 semanas, 21 dias...se passaram 22...

Não ser tocada por tanto tempo, me conduz a total loucura...grunhidos saltam de minha garganta sem com que eu tenha força para contê-los. Me sinto vermelha, inflamada e pulsante, não dá para dizer que não estou viva.

Eu cheguei nesta prisão, totalmente inocente, quase santa...fui virando um bicho, minhas roupas se desgastaram, meus cabelos de lisos, passaram para uma grande quantidade de nós, impossíveis de desatar, caindo sobre o meu rosto, por vezes eu lambo suas pontas, como sendo a única matéria que se aproxima, de algum buraco meu.